O SECRETÁRIO-GERAL
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MENSAGEM SOBRE O DIA MUNDIAL DOS REFUGIADOS
20 de junho 2022
Neste Dia Mundial dos Refugiados refletimos sobre a coragem e a resiliência dos que fogem da guerra, violência e perseguição – e reconhecemos a solidariedade daqueles que os acolhem.
Atualmente, a população mundial de refugiados atingiu um nível recorde.
A guerra na Ucrânia desencadeou a maior e mais rápida deslocação na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Juntamente com as mulheres, crianças e homens que fogem de conflitos noutras partes do mundo, o número total de pessoas deslocadas à força atingiu os 100 milhões – uma lamentável situação dos nossos tempos.
O Dia Mundial dos Refugiados deste ano afirma um princípio fundamental da nossa humanidade: todos têm o direito à segurança – quem quer que sejam, de onde quer que venham e sempre que sejam forçados a fugir.
O Direito Internacional é claro:
O direito de procurar asilo é um direito humano fundamental.
As pessoas que escapam à violência ou à perseguição devem poder atravessar fronteiras em segurança.
Não devem enfrentar discriminação nas fronteiras ou ser-lhes injustamente negado o estatuto de refugiado ou asilo devido à sua raça, religião, género ou país de origem.
Não podem ser forçados a regressar se a sua vida ou liberdade estiverem em risco.
E, tal como todos os seres humanos, devem ser tratados com respeito.
Mas a segurança é apenas o primeiro passo.
Uma vez fora de perigo, os refugiados precisam de oportunidades.
Oportunidades para recuperar, aprender, trabalhar e prosperar.
Oportunidades para poderem voltar a casa, se assim o quiserem, ou para reconstruírem as suas vidas noutros locais, com segurança e dignidade.
Por todo o mundo, os refugiados trouxeram nova vida, prosperidade e diversidade cultural às suas comunidades de acolhimento,
Proteger os refugiados é uma responsabilidade que todos partilhamos.
Hoje, comprometamo-nos a fazer mais pelos refugiados a nível mundial – e pelos países que os acolhem enquanto estes enfrentam uma série de desafios.
Sejamos solidários.
Defendamos a integridade do regime de proteção internacional.
E nunca percamos de vista o sentido de humanidade.