O SECRETÁRIO-GERAL
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19 de agosto de 2023
O Dia Mundial da Ajuda Humanitária deste ano assinala o 20º aniversário do mortal ataque ao Hotel Canal, em Bagdá.
Naquele dia sombrio, perdemos 22 colegas, incluindo o representante especial da ONU Sergio Vieira de Mello.
Essa tragédia marcou uma mudança na forma como trabalhadores humanitários operam.
Porque, atualmente, embora os trabalhadores humanitários sejam pessoas respeitadas em todo o mundo, eles podem também ser alvo daqueles que querem lhes fazer mal.
Neste ano, as operações humanitárias globais têm como objetivo fornecer ajuda vital a 250 milhões de pessoas em 69 países – 10 vezes mais do que na época do atentado no Hotel Canal.
Infelizmente, o financiamento está muito abaixo do previsto. À medida em que as crises se multiplicam, é inaceitável que a comunidade humanitária seja obrigada a reduzir a ajuda a milhões de pessoas necessitadas.
Outros desafios também se multiplicaram nos últimos 20 anos:
- O aumento das tensões geopolíticas.
- Um flagrante desrespeito ao direito internacional humanitário e pelos direitos humanos.
- Ataques deliberados de campanhas de desinformação.
O próprio humanitarismo está agora sob ataque.
Mas estes testes tornaram a comunidade humanitária global mais forte.
Os trabalhadores humanitários – que são na maioria funcionárias e funcionários nacionais que trabalham em seus próprios países – estão ainda mais próximos das pessoas que servem.
Estão encontrando novas formas de adentrar mais profundamente em regiões atingidas por catástrofes e mais perto da linha de frente dos conflitos, movidos por um único propósito: salvar e proteger vidas.
Neste Dia Mundial da Ajuda Humanitária, saudamos a coragem e a dedicação das pessoas que trabalham pela ajuda humanitária em todo o mundo.
Reafirmamos o nosso total apoio aos seus esforços determinados que salvam vidas em todo o mundo.
Celebramos a sua dedicação inabalável para servir TODAS as pessoas necessitadas:
Não importa quem, não importa onde, não importa o quê.
Obrigado.