O SECRETÁRIO-GERAL
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9 de dezembro de 2023
Há setenta e cinco anos, na sequência dos horrores do Holocausto, os Estados adoptaram a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
A Convenção encarnou o novo compromisso mundial de garantir que “nunca mais” alguém conheceria o horror do genocídio.
Infelizmente, corremos o risco de esquecer as lições negras do passado. No mundo atual, marcado por profundas divisões, desconfianças e conflitos, continuamos a enfrentar a ameaça persistente deste crime atroz.
Como o tema deste ano nos recorda, a Convenção e a sua mensagem intemporal devem continuar a ser uma força viva no nosso mundo, obrigando-nos a cumprir a sua promessa solene.
O cumprimento desta promessa exige que todos os governos ratifiquem e apliquem plenamente a Convenção e que garantam que os autores dos crimes sejam responsabilizados.
Exige um renovado esforço mundial para estabelecer e reforçar os mecanismos de prevenção, para educar as novas gerações sobre os genocídios do passado e para combater a desinformação e a má informação, que podem alimentar discursos de ódio e intenções e atos genocidas.
E é necessário continuar a reforçar os esforços das Nações Unidas, incluindo o trabalho da minha conselheira especial para a Prevenção do Genocídio, para identificar sinais de alerta precoce e fazer soar o alarme.
Juntos, vamos transformar o nosso compromisso em ações tangíveis e guardar para sempre nos nossos corações a memória das vítimas e dos sobreviventes do genocídio.