O SECRETÁRIO-GERAL
15 de março de 2023
Neste Dia Internacional contra a Islamofobia, chamamos a atenção e apelamos à ação para eliminar o veneno do ódio antimuçulmano.
Os quase 2 mil milhões de muçulmanos do mundo refletem a humanidade em toda a sua magnífica diversidade.
Mas muitas vezes enfrentam fanatismos e preconceitos apenas por causa da sua fé.
Além da discriminação estrutural, institucional e da estigmatização generalizada das comunidades muçulmanas, os muçulmanos sofrem não só ataques pessoais, mas também de uma retórica odiosa e de culpabilização.
Vemos os piores impactos na tripla discriminação contra as mulheres muçulmanas devido ao seu género, à etnia e à fé.
O ódio crescente que os muçulmanos sofrem não é um acontecimento isolado: faz parte do ressurgimento do etno-nacionalismo, das ideologias neonazis de supremacia branca, e da violência contra populações vulneráveis, incluindo muçulmanos, judeus, algumas comunidades cristãs minoritárias, entre outras.
A discriminação diminui-nos a todos e todos temos o dever de a combater.
Temos de fortalecer as nossas defesas, defendendo políticas que respeitem plenamente os direitos humanos e protejam as identidades religiosas e culturais.
Temos de reconhecer a diversidade como uma riqueza e aumentar os investimentos políticos, culturais e económicos na coesão social.
E temos de fazer frente ao fanatismo através do combate ao ódio que deflagra pela internet.
Durante mais de um milénio, a mensagem de paz, de compaixão e de bondade do Islão tem inspirado pessoas em todo o mundo.
Todas as grandes fés e tradições apelam aos imperativos da tolerância, do respeito e da compreensão mútua.
No fundo, estamos a lidar com valores universais presentes na Carta das Nações Unidas e que estão no centro da nossa luta por justiça, pelos direitos humanos e pela paz.
Hoje e todos os dias, esforcemo-nos por consciencializar estes valores e contrariar as forças da divisão, reafirmando a nossa humanidade comum.