O SECRETÁRIO-GERAL
26 de setembro de 2024
Este décimo Dia Internacional para a Eliminação Total de Armas Nucleares acontece num momento preocupante.
O crescimento das divisões geopolíticas e a desconfiança estão a elevar as tensões a novos níveis. Em vez de o diálogo e a diplomacia serem utilizados para terminar a ameaça nuclear, outra corrida às armas nucleares está a tomar forma, e o duelo de espadas está a ressurgir como uma tática da coação.
Temos de parar a loucura antes que seja tarde demais. Neste dia importante, o mundo deve enviar uma mensagem clara e unida: a única forma de eliminar a ameaça nuclear é eliminar as armas nucleares.
O desarmamento e a não-proliferação são dois lados da mesma moeda. O progresso num estimula o progresso no outro. Os Estados devem procurar ambos os lados urgentemente.
Os Estados nucleares devem liderar o caminho honrando as suas obrigações de desarmamento e comprometendo-se a nunca utilizar armas nucleares em quaisquer circunstâncias, ou ameaçar fazê-lo.
Os tratados e instrumentos que procuram prevenir a propagação e os testes de armas nucleares e provocar a sua eliminação precisam de ser reforçados e adaptados para enfrentar os desafios de hoje, incluindo para enfrentar as mudanças tecnológicas que possam aumentar a ameaça.
Há poucos dias, a Cimeira do Futuro – e o Pacto para o Futuro acordado – resultou num novo compromisso mundial de revitalizar o regime internacional de desarmamento e aproximar o mundo do nosso objetivo de eliminar totalmente as armas nucleares.
O nosso futuro está por um fio. Vamos eliminar estas armas do nosso mundo para sempre.