Ex-primeiro-ministro português foi recomendado oficialmente pelo Conselho de Segurança para ser novo chefe da ONU; para ser confirmado, nome deve ser votado na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Na Itália, onde está em visita oficial, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, parabenizou o ex-primeiro-ministro António Guterres, que nesta quinta-feira foi indicado oficialmente pelo Conselho de Segurança para ser o próximo chefe da organização.
Para ser confirmado como secretário-geral, o nome de António Gueterres deve também ser votado e aprovado na Assembleia Geral da ONU.
Claro favorito
Na quarta-feira, os países-membros do Conselho de Segurança informaram a decisão de recomendar o nome do ex-primeiro-ministro de Portugal para ser o novo secretário-geral da ONU.
O anúncio foi feito pelo embaixador da Rússia e presidente rotativo do órgão durante o mês de outubro, Vitaly Churkin. Ele falou a jornalistas que, após a sexta rodada de votações preliminares no Conselho de Segurança, o órgão tinha um “claro favorito e que o nome dele era António Guterres”.
Escolha esplêndida
Ban afirmou que conhece Guterres “muito bem” e declarou considerá-lo uma “escolha esplêndida”.
O secretário-geral citou o “serviço extraordinário” de Guterres como alto comissário da ONU para Refugiados onde, segundo Ban, ele mostrou “profunda compaixão pelas milhões de pessoas que foram forçadas a fugir de suas casas”.
De acordo com o chefe das Nações Unidas, o ex-chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, trabalhou sem parar para criar operações eficazes de assistência.
Portugal
Para Ban, a “experiência de Guterres como primeiro-ministro de Portugal, seu amplo conhecimento de assuntos globais e sua inteligência lhe servirão bem na liderança das Nações Unidas em um período crucial”.
O secretário-geral citou ainda a garantia de uma “transição suave” e lhe desejou sucesso.
Mulheres e meninas
O chefe da ONU declarou ainda ter certeza se que Guterres carregará a tocha com toda a variedade de desafios, do fortalecimento das operações de paz à realizada do desenvolvimento sustentável, defesa dos direitos humanos e alívio do sofrimento humano.
Para Ban, como o nono homem a servir como secretário-geral, Guterres tem uma responsabilidade especial para incluir: apoiar a autonomia das mulheres e meninas do mundo.
“Há muito trabalho pela frente”, disse Ban Ki-moon, prometendo continuar a “trabalhar duro em todas essas frentes até o último minuto do último dia de seu mandato”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Leia e Ouça:
- Países ouvem Kristalina Georgieva, nova candidata a líder da ONU
- Conselho de Segurança faz primeira enquete sobre candidatos a chefe da ONU
- ONU abriga debate histórico com candidatos a secretário-geral (Parte 2)
- Candidatos a secretário-geral contam ao mundo suas propostas para ONU (Parte 1)