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Este ano, a comemoração desta data acontece sob a sombra da pandemia da covid-19, que exacerbou as injustiças e divisões de longa data e causou uma nova onda de ódio e antissemitismo.
Nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas, “o antissemitismo é a forma mais antiga, mais persistente e enraizada de racismo e perseguição religiosa no mundo” e encontrou a sua forma mais atroz no Holocausto.
A revolta universal contra este crime, seguida da fundação da ONU e da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, prometia o fim do ódio. Mas o antissemitismo não acabou.
Depois de décadas na sombra, as ideias racistas e xenófobas voltam a ganhar terreno, desta vez à boleia da pandemia de covid-19. Nos últimos tempos, temos assistido à negação, distorção e minimização do Holocausto. O racismo está a organizar-se por todo o mundo e a recrutar além das fronteiras, promovendo valores desumanos.
Face à ascensão de movimentos extremistas nacionalistas, o secretário-geral da ONU lembra que 2021 deve ser um ano de cura. Não só da cura da pandemia, mas também da cura das nossas sociedades polarizadas, nas quais o ódio se enraizou com demasiada facilidade.
“A história mostra que aqueles que minam a verdade acabam por se minar a si próprios. Mesmo não existindo uma vacina contra o antissemitismo e a xenofobia, a nossa melhor arma continua a ser a verdade”, lembra António Guterres, apelando a uma ação global para combater a propaganda e a desinformação.
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Ao longo dos últimos 15 anos, o Programa de Divulgação do Holocausto das Nações Unidas tem amplificado o testemunho dos sobreviventes desta tragédia através de uma rede global de parceiros e várias iniciativas, incluindo recursos educativos, programas de desenvolvimento profissional, uma série de ficheiros, painéis de discussão e exposições.
Estabelecido pela Resolução 60/7 das Nações Unidas, este programa tem um simples, mas imperativo, objetivo: contar a história das vítimas de um dos crimes mais hediondos da história, não deixando que o mundo se esqueça do Holocausto e prevenindo assim futuros genocídios.
“A nossa melhor homenagem aos que morreram no Holocausto é a criação de um mundo de igualdade, justiça e dignidade para todos.” – secretário-geral da ONU, António Guterres
As Nações Unidas continuarão a combater mentiras, fanatismo e ódio de todos os tipos, para que o Holocausto nunca se repita.