A semana do primeiro Congresso Global de Vítimas do Terrorismo juntou mais de 600 participantes nos dias 8 e 9 de setembro nas Nações Unidas.
Participantes de diferentes setores abordaram a proteção, a lembrança, o reconhecimento e o acesso das vítimas à justiça, bem como o apoio e a assistência a ser dada ao grupo.
Vozes
O evento híbrido contou com a participação de sobreviventes, diplomatas e especialistas, além de representantes da sociedade civil, da academia e do setor privado.
A vice-secretária-geral das Nações Unidas destacou que é preciso apoiar as vítimas e os sobreviventes do terrorismo. Para Amina Mohammed, solidariedade e auxílio devem ser prestados como uma obrigação moral e um imperativo humanitário e de direitos humanos.
Ela ressaltou que o Congresso favorecia tanto a vítimas como aos esforços para prevenir e acabar com o terrorismo. Na ocasião, a vice-chefe da ONU afirmou que os terroristas nunca prevalecerão se forem amplificadas as vozes e opiniões das vítimas e sobreviventes.
Prioridade
O presidente da 76ª Assembleia Geral, Abdulla Shahid, ressaltou que prestar solidariedade aos esforços de combate ao terrorismo é uma obrigação de membros da organização, em sua qualidade de seres humanos.
Ele pediu mais ações para aumentar a consciência sobre as necessidades dos que sofreram atos terroristas e fazer o máximo para garantir a proteção, promoção e respeito de seus direitos.
Para o chefe do Escritório de Combate ao Terrorismo, Vladimir Voronkov, o terrorismo pode afetar a todos. Ele destacou que o Congresso Global é a chance de afastar a narrativa de terroristas e extremistas violentos e devolvê-la às vítimas e aos sobreviventes.
Para Voronkov, o apoio às vítimas deve aumentar e a prioridade deve ser em colocá-las em primeiro lugar.
Direitos
A ONU enfatizou o dever de garantir apoio abrangente às vítimas. A meta é reconhecer e proteger o grupo em campos físico, médico e psicossocial.
O responsável da área de combate ao terrorismo declarou que o mundo deve reconhecer suas obrigações a esse respeito, e enfrentar o desafio.
Além da atuação internacional, Voronkov pediu aos países que reformem compromissos nacionais para proteger e melhorar os direitos das vítimas.