São esperados mais de 100 chefes de Estado e de Governo, António Costa discursa esta quarta-feira
A 72ª sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU tem como tema central “Com foco nas pessoas: lutar pela paz e por uma vida decente para todos num planeta sustentável”. Esta é a primeira sessão plenária com António Guterres à frente da Organização. O Secretário-geral tem na sua agenda mais de 130 reuniões bilaterais até à próxima segunda-feira e fará 34 discursos em reuniões de alto nível.
Tal como manda a tradição, o Brasil é o primeiro país a usar da palavra sendo que a intervenção do Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, está prevista para esta quarta-feira, dia 20 de setembro.
Dos países lusófonos também Timor-Leste subirá à tribuna durante o dia de amanhã, sendo que a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde discursarão na quinta-feira. Moçambique e Angola estão agendados para a próxima segunda-feira.
Em Nova Iorque, a movimentação em torno da Assembleia Geral começou já esta segunda-feira com eventos paralelos sobre a reforma da ONU, as alterações climáticas e a prevenção da exploração e abuso sexuais.
Prioridade para a reforma da ONU
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, participou esta segunda-feira numa reunião de alto nível sobre a reforma da ONU. O encontro foi presidido pelos Estados Unidos e contou com a presença do líder norte-americano Donald Trump. O Presidente dos EUA afirmou que as Nações Unidas foram fundadas com “objetivos nobres”, mas que “nos últimos anos não alcançou o seu pleno potencial”, por isso, pediu que ” … se concentre mais nas pessoas e menos na burocracia”.
Guterres relembrou que a ONU está ao serviço das pessoas que “sofrem com pobreza e exclusão, vítimas de conflito, indivíduos cujos direitos e dignidade são negados.”
Até ao momento 128 países, dos 193 membros da ONU, já assinaram o documento que define a reforma que será empreendida pela Organização.
Agenda da Assembleia Geral
A reunião magna das Nações Unidas contará com outros momentos muito importantes, tal como a assinatura do novo Tratado de Proibição de Armas Nucleares e de um outro documento que pretende reforçar o poder económico das mulheres.
A sessão deste ano será ainda marcada pelo debate sobre focos de tensão global como a Síria, a República Centro-Africana, o Sudão do Sul e o Iêmen. Serão ainda discutidos outros temas prioritários, como a prevenção e a mediação para sustentar a paz, as migrações, o impulso político para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o clima, os direitos humanos e a igualdade.
*Com a ONU NEWS