António Guterres, o candidato a Secretário-geral da ONU apresentado por Portugal, tem audição marcada para esta terça-feira, 12 de abril, das 15h às 17h, hora local (21h às 23h, hora de Lisboa), na sede das Nações Unidas.
Veja a audição em direto através de http://webtv.un.org/
Tal como todos os candidatos, deveria apresentar um documento com a sua visão para a ONU.
O processo de seleção de um novo Secretário-Geral das Nações Unidas, tradicionalmente decididido à porta fechada por alguns países poderosos, terá, pela primeira vez na história, discussões públicas com cada candidato para aquele que é o mais alto cargo diplomático do mundo.
Cada um dos atuais oito candidatos (quatro homens e quatro mulheres) será formalmente apresentado à Assembleia-Geral – que inclui representantes de todos os 193 Estados-membros e Observadores, o Estado da Palestina e a Santa Sé – de 12 a 14 de abril, através de diálogos informais.
Os representantes dos Estados-membros fazem as primeiras perguntas, seguindo-se o Presidente da Assembleia-Geral que irá colocar algumas das mais de mil perguntas enviadas pelo público através das redes sociais, usando a hastag #UNSGcandidates.
“Esta será mais uma ocasião para aumentar a transparência em torno de toda a maquinaria das Nações Unidas, de forma a que público tenha um conhecimento mais amplo do que fazemos aqui”, disse Mogens Lykketoft, atual presidente da Assembleia-Geral, em entrevista ao Centro de Notícias da ONU.
Embora estas discussões públicas informais não pareçam revolucionárias; para uma organização com 70 anos de idade, que até agora teve apenas oito secretários-gerais (selecionados através de um processo relativamente fechado, pelo Conselho de Segurança da ONU, com 15 membros), esta é uma aposta que Mogens Lykketoft caracteriza como território desconhecido.
O que se espera de um Secretário-geral
A posição do Secretário-geral é uma das de maior importância a nível internacional e requer os mais elevados padrões de eficiência, competência e integridade, bem como um compromisso firme com os propósitos e princípios da Carta da ONU.
O Presidente da Assembleia-geral da ONU e o presidente do Conselho de Segurança da ONU convidaram os Estados-membros da ONU a apresentarem candidatos com liderança comprovada, capcidade de gestão, grande experiência ao nível das relações internacionais e fortes competências diplomáticas, comunicativas e multilinguísticas.
Ao longo dos seus 70 anos a ONU já teve oito Secretários-gerais:
1946-1952: Trygve Lie
1953-1961: Dag Hammarsjköld
1961-1971: U Thant
1972-1981: Kurt Waldheim
1982-1991: Javier Perez de Cuellar
1992-1996: Boutros Boutros-Ghali
1997-2006: Kofi A. Annan
Atualmente: Ban Ki-moon
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Procedimento para Seleção e Nomeação do Secretário-geral da ONU
12 de abril de 2016, Traduzido e Editado por UNRIC